Projeto Soldadoras quebra barreiras na inserção de mulheres na fábrica

Nos corredores das fábricas, a presença feminina nunca foi substancial. As poucas mulheres que ocupavam estes espaços, majoritariamente masculino, enfrentavam olhares desconfiados e incertezas na busca por oportunidades. Na Actemium, a proposta é diferente. A proposta é a inclusão. Em setembro de 2022, 10 mulheres da comunidade local de Macaé passaram por processo de seleção para o Projeto Soldadoras.

O projeto consiste em parceria da Actemium com o Senai para o desenvolvimento das participantes nas atividades de solda e produção, visando a integração no dia a dia fabril e posicionamento no mercado de trabalho. A ação surge de um compromisso com a comunidade local de Macaé, prezando pela educação e inclusão.

Atividade de solda desempenhada pelas aprendizes

Além do projeto, em Macaé foi formado um comitê de diversidade e inclusão, com participantes onshore e offshore, para discussões sobre temas relevantes, desafios, objetivos e campanhas, sendo o primeiro canal de contato entre os colaboradores sobre os temas. Mariel Dória, Gerente de Gestão de Pessoas e embaixador da diversidade e inclusão da BU, vê o Projeto Soldadoras como um importante passo dado pela Actemium. “O programa é muito especial. Ter aprendizes soldadoras é inovador e importante. Por isso, tivemos muita atenção a adaptação das mulheres nas fábricas. Interessante do início ao fim.”

O projeto contou com a seleção de jovens da comunidade local de Macaé, que durante o período passaram por treinamentos teórico e prático no Senai, com estrutura referência em seus laboratórios. A segunda etapa consistiu na integração das participantes nas atividades fabris da Actemium, com uma grade de treinamentos na integração, palestras sobre a conscientização contra o assédio, SMS, ambientação de setores e supervisão dos colaboradores. “O projeto conta com aprendizagem no processo de solda de estruturas metálicas, visando a qualificação das participantes. Além disso, elas passaram por treinamentos supervisionado por inspetores e integrantes da equipe da fábrica”, completa Mariel.

Aprendizes que foram contratadas para integrar a equipe da Actemium

Para Dayane Fernandes, de 22 anos, a relação com o projeto é especial. A inspiração é familiar, com o pai que também é soldador. “Eu conheci o projeto pelas redes sociais, e achei muito interessante. Logo que vi a vaga de soldadora, lembrei do meu pai, que também trabalha na área”. Para ela, o projeto abre novas perspectivas para a carreira. “Participar da ação está agregando muito na minha vida, pelo conhecimento que vem sendo passado.”

“Entrar na área fabril foi um desafio. No primeiro momento, enxerguei muitas dificuldades, mas logo me questionei sobre o porquê de não tentar. Hoje estou aqui, quebrando barreiras a cada dia”, destaca Vitória Fernandes, de 21 anos. Apesar dos desafios, Vitória entende a receptividade na empresa como fator essencial. “A interação que nós, do projeto, temos com os colaboradores da Actemium no dia a dia é muito interessante. Eu não conhecia a área, então era tudo muito novo para mim. Mas as pessoas que fazem parte da Actemium foram muito acolhedoras, ajudando no aprendizado, auxiliando nas dúvidas que surgiam no dia a dia, isso foi muito importante.”

Das 10 integrantes que iniciaram o projeto, 6 foram contratadas como soldadoras, encerrando o ciclo de aprendizado e iniciando uma nova jornada profissional. Em julho, iniciou-se uma nova turma com 20 aprendizes, com o apoio da Firjan, com o objetivo de criar oportunidades, promovendo a capacitação e diversidade. As soldadoras estão quebrando paradigmas, e nós, da VINCI Energies, estamos abraçando a causa.

Nova turma do projeto Aprendiz de Soldadora